quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

2a parada: Rep. Dominicana - dezembro de 2009

A viagem ao Chile me deu confiança e afastou o medo de viajar sozinho com as crianças. Durante a volta de Santiago, eu já começava a pensar na próxima aventura.
Eu tinha acabado de comprar um livro muito legal chamado "50 Ilhas dos Sonhos", da Editora Europa, e estava encantado com todas aquelas maravilhas. Meus filhos gostavam de assistir a história da tartaruga Manoelita, que vivia na França e sonhava em conhecer o Caribe. Pois é, esse também era um de nossos sonhos.
Escolhemos passar o Natal de 2009 em Punta Cana, na República Dominicana. Foi a única vez que a gente viajou com "pacotes", pois o vôo seria fretado e direto até o destino final. Além disso, como era Natal, clima de férias, praia, seria mais tranquilo pegar um daqueles hotéis com "all inclusive". Assim, eu não precisaria me preocupar tanto com deslocamentos e procura por restaurantes; tudo estaria próximo, no mesmo lugar. Só nos restaria aproveitar o sol, as piscinas e a praia.
O ponto fraco da viagem foi que, mesmo ficando num dos melhores hotéis de Punta Cana, a comida não era tão legal. Prezavam pela quantidade e até pela variedade, mas a qualidade deixava a desejar. Era tudo muito "bandejão". Sim, eu cozinho e sou bem chatinho nesse quesito. De qualquer forma, o jantar da noite de Natal foi bem legal e regado à lagosta. Minha filha, que come de tudo, se divertiu e se lambuzou. Meu filho, que acha quase tudo ruim, não gostou.
Foram dias bem legais. Às vezes, chovia por alguns minutos, mas o sol logo retornava com força total. A água da praia era morna e a areia muito branca e limpa. Havia uma espécie de cordão de recifes próximo da praia que fazia com que a água estivesse sempre calma, e eventualmente era possível enxergar algum peixinho nadando ao nosso redor.
O momento mais legal dessa viagem foi um passeio que fizemos no dia 24, véspera de Natal. Era um passeio de ônibus + barco que nos levaria até uma ilha muito linda chamada Saona. Saímos do hotel de ônibus ainda de madrugada e seguimos por pouco mais de duas horas até uma cidade do outro lado da ilha, chamada Bayahibe, onde pegamos um barco para a ilha. Na ida, o barco era uma espécie de catamarã e o percurso durava uma hora e meia, ao som de ritmos caribenhos, com algumas dançarinas pelo barco, e muita "birita". Eu e meu filho enjoamos no barco e deixamos algumas lembranças no mar do caribe. Chegando na ilha havia um almoço nos esperando - que fazia parte do pacote - que foi servido na praia, com peixes sendo grelhados na hora, na nossa frente.
Enquanto caminhávamos pela areia, minha filha percebeu uma pequena saliência no chão e quis "escavar" pra ver o que era. Era uma linda concha enorme, que a gente limpou e trouxe pra casa como recordação. Mais tarde, um barco nos levou até um banco de areia que ficava longe da costa onde as crianças puderam descer do barco pra mergulhar e brincar com enormes estrelas-do-mar vivas.
De repente, o tempo fechou e começou a chover. Na verdade, aquilo não era uma simples chuva, mas era o mundo que estava acabando. Enquanto a ida até a ilha foi num catamarã tranquilo, a volta estava programada pra ser no que eles chamam de super lancha, uma lancha com capacidade pra umas 30 pessoas e com dois motores de 200 cavalos. O retorno deveria durar apenas 15 minutos nessa lancha, mas pareceu uma eternidade. Muita chuva, muito vento, ondas enormes. Por incrível que pareça, meus filhos, apesar de assustados, davam risada dos saltos que a lancha dava, enquanto velhinhas choravam e rezavam do nosso lado. Finalmente, chegamos de volta à Bayahibe vivos, e pegamos o ônibus de volta ao hotel. Não teria graça morrer longe de casa e bem na véspera do Natal.
Mais uma vez, o saldo foi bastante positivo. Aventura e diversão, gente, costumes e comidas diferentes: momentos e experiências inesquecíveis. Novamente sensação de dever cumprido. E, no vôo de volta, já pensando na próxima...

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