quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A cidade que nunca dorme: NYC - outubro de 2010 (1)

Existe um sentimento meio inexplicável. É uma mistura de atração, encantamento, alegria, surpresa, exclusividade e mais um monte de coisas. É assim que eu me sinto em relação à Nova York. É algo mágico.
Na semana passada, eu consegui marcar quinze dias de férias pra esse segundo semestre. Comprei as passagens, reservei o hotel, comecei a escolher os programas. Será a minha quarta visita a Nova York. Mas dessa vez eu acho que será a mais especial de todas pois meus filhos viajarão comigo. É a primeira vez que eles irão aos Estados Unidos. O mais curioso é que eu perguntei a eles o que eles preferiam: Disney ou Nova York? Pois é, escolheram Nova York. É óbvio que foram influenciados. Influenciados por dezenas de histórias, filmes, músicas, fotos e fatos sobre a cidade.
Meus filhos são apaixonados pelo filme "Uma Noite no Museu", que se passa no Museu de História Natural. Acho muito legal eles terem assimilado essa magia. Já fico feliz só de ver a alegria e a ansiedade deles com os preparativos para a viagem. Estar em NY é como estar em uma cidade "acima" ou "além" das demais cidades do globo. Na maior parte do tempo, a gente nem se sente nos EUA (graças a Deus!). A mistura de rostos, sotaques, cheiros e cores dá um ar totalmente exclusivo, atípico. NY não se parece com nenhum outro lugar. É única.
A NY dos pacotes turísticos já é interessante. É legal passar pela Brooklyn Bridge, por Times Square, subir o Empire State Building ou visitar o Museu de História Natural. Mas é ainda muito mais legal explorar a Nova York dos novaiorquinos passando pelas ruas do Village à noite, pelos bares com jazz ao vivo; ou se misturar ao povo nas ruas de Chinatown com todas aquelas quitandas cheias de frutas exóticas e as diversas peixarias; ou dar uma caminhada pelas ruas do Harlem onde as crianças brincam tranquilamente e as vizinhas conversam pelas janelas das casas. Os vários mercados públicos e as feiras livres são os meus preferidos. Mas também é uma delícia simplesmente se sentar pra almoçar uma "marmita" num banco da Madison Square Park entre velhinhas, executivos, universitários, todo mundo junto. São várias cidades dentro de uma mesma cidade. E as surpresas são intermináveis. A cada esquina alguém diferente, um barulho, um cheiro, uma emoção. É luz, vida e movimento 24h por dia.
Já dizia Sinatra: "Eu quero acordar na cidade que nunca dorme". Lugar onde tudo é esquisito e normal ao mesmo tempo. Dá pra entender? Nova York não deve ser entendida, mas apenas "vivenciada".

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